Tiago Moreira Ramalho, no Aparelho de Estado:
«Em todo o mundo há cerca de trinta países sem Salário Mínimo estabelecido por lei. Parece pouco, quando vemos o número. Mas o interessante aqui não é o número de países sem Salário Mínimo. O interessante aqui é saber que países são esses. Entre os países sem Salário Mínimo encontramos a Áustria, a Dinamarca, a Finlândia, a Islândia, a Itália, a Noruega e a Suíça. Estes países, excelso leitor, para além de estarem entre os mais desenvolvidos do mundo, estão também entre os países com menos desigualdades sociais. É verdade. Nós, em Portugal, temos níveis de taxação semelhantes aos nórdicos (já, leitor, já) e, apesar (ou por causa?) do Salário Mínimo Nacional, continuamos a ter níveis de pobreza confrangedores para qualquer país que se auto-proclame "desenvolvido".»
A semana que passou ficou marcada pelo adiamento da entrada em vigor do novo Código Contributivo. Alguns dos motivos que fizeram dessa uma boa notícia são muito semelhantes aos que fazem desta uma má notícia neste momento. Eu sei que é chato não alinhar na cantilena politicamente correcta da justiça social forçada por apenas mais uns trocados. Mas estes trocos a mais no papel podem ser empregos e empresas a menos na prática. Pensem lá nisso um bocadinho, sim?
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