Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2010

Visões diferentes

Apesar do Ministro Teixeira dos Santos ter admitido que errou nas contas do deficit, Sócrates lança mais uma pérola.. "o deficit aumentou porque nós decidimos aumentar o deficit".. enfim, visões diferentes.

publicado por João Ribeirinho Soares às 20:01
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Quinta-feira, 21 de Janeiro de 2010

Fado? Não, incompetencia!

A Irlanda gere um orçamento altamente deficitario, o FMI, as agencias de rating e a UE ameaçaram, por isso decidiram cortar salários dos funcionários publicos em 10%, cortar despesas correntes em mais de 20%, e um sem numero mais de medidas que permitiu que neste momento já não seja dos casos mais dramáticos da zona Euro.

 

A Grécia mentiu sobre as contas públicas (não soa tão tristemente familiar ?), teve um defice declarado superior a 12% em 2009, está à beira de mais um downgrade, e que vai fazer? Contratar um funcionario publico por cada 5 que saem, congelar salarios acima de 2000 eur e cortar 20% nos beneficios dos funcionarios publicos, cortar pensões dos que trabalham e recebem pensões em 70%, combater a corrupção, aumentar o IVA, cortar na despesa corrente e privatizar empresas publicas. Com isto, a pressão foi certamente menor.

 

A Roménia, a Hungria, a Letónia (todos países com intervenção directa do FMI) também reduziram despesa, despediram funcionários publicos e cortaram salarios dos mesmos. 

 

Ainda bem que o que se discute em Portugal é por onde é que vai gastar mais ! Mais depressa vem o FMI e mais depressa somos geridos por gente competente!

publicado por Carlos Martins às 21:53
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Triste Fado desta República

Portugal está sob o olhar atento dos mercados internacionais. Não, os investidores não têm um odio particular por Portugal para estarem a declaradamente aumentar o prémio de risco da República. Mas os investidores sabem que Portugal têm um Estado social enorme, impostos do mais socialista - no sentido mais marxista possível do termo -  que há por esse mundo, baixa produtividade, ainda menor competitividade, défice galopante e dívida externa descontrolada (e sem sequer se estar a pensar em controlar).

 

Por outras palavras, temos um estado social de ricos (qual país nórdico), gastamos como novos ricos (qual Brasil), endividamo-nos como se tivessemos país ricos (a Alemanha?), cobramos impostos como só o Estado importasse (qual império Romano..que é dele hoje?), trabalhamos e reclamamos como se todos nos devessem e ainda exigimos aumentos salariais, espante-se, como se produzissemos como máquinas (qual China...).

 

Ou seja, um filme de horror, agravado pela incompetencia socialista (e falta de cojones políticos também da oposição) para agir. 

 

Ja sei, estamos à espera que ou a UE ou o FMI nos imponha as medidas dificeis, e assim os nossos brilhantes políticos possam escudar-se nesse brilhante argumento: "não fui eu! Foram os maus dos capitalistas e centralistas/federalistas!"

 

Mas não se iludam, por cada euro a mais de dívida (isto inclui, obviamente o défice) a nossa soberania foge a passos largos para Bruxelas... ou seja, para Berlim. E nem sequer consigo dizer que isso seja propriamente uma mau...ao ponto a que chegamos, precisamos mesmo é quem consiga gerir o País, e não eleger-se e manter tachos ou poder. Triste fado.

 

 

publicado por Carlos Martins às 21:40
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A relativização da verdade

[Publicado inicialmente aqui]

 

O título parece assumir um poder, uma força merecedora da maior eloquência filosófica na abordagem à problemática. Aviso que defraudarei expectativas. Limitar-me-ei a constatar essa evidência categoricamente afirmada no título do post.

 

O facto, a evidência que habita, em surdina, o senso comum do mais comum dos cidadãos, é que as palavras “verdade” e “política” são antónimos.

E porquê? Porque razão a política não se parece coadunar com a verdade, no entender dos cidadãos? A resposta é simples. Os políticos, pelas acções, pelos discursos, têm defraudado constantemente as expectativas da população. A “verdade” política serve uma agenda, é normalmente um engodo, um sofisma. Escondem-se os factos que rebatem determinada “verdade”, os partidos isolam-se em si próprios ao invés de dialogarem, honestamente, um projecto para o país, e cai-se nesse ciclo que é o “jogo” da política.

 

A gravidade da situação, por se tornar senso comum que “eles não fazem nada” e que “são todos iguais”, é que esta  ameaça caminhar numa direcção explosiva – uma total descrença no sistema democrático (já bem patente nos níveis de abstenção).

 

Cabe à sociedade civil consciente e informada, mobilizar-se e pressionar por mudança. Está visto que os movimentos de cidadãos não resultaram. A mudança passará, portanto, pelos partidos políticos. Enquanto a sociedade civil capaz e dinamizadora, ainda a maioria silenciosa, não se aperceber que a solução está em aproximar-se dos partidos para os mudar e não em afastar-se e deixá-los decair nos seus vícios, esta situação de divórcio entre cidadãos e política dificilmente será invertida.

 

Nunca haverão demasiados pessoas de Bem na política. A virtude está com o cidadão altruísta que faz da política, efectivamente, uma práctica para o bem comum.

publicado por Luís Pedro Mateus às 00:24
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Terça-feira, 22 de Dezembro de 2009

Quintais

"Entraram no meu quintal!" - é o pensamento que terá passado pela mente de JFK quando a União Soviética depositou mísseis nucleares na tão complicada vizinha Cuba. Esse mesmo pensamento que trespassou os soviéticos nas intervenções Norte-Americanas no Vietname e na Coreia. Em todos eles, o respectivo "dono" do quintal impôs-se fortemente. Quer na situação de Cuba, em que Kennedy ameaçou com guerra, quer na Coreia e no Vietname em que União Soviética massivamente apoiou com meios e organizou as forças locais.

Com a queda da União Soviética, a Rússia demorou a recuperar, mas está lentamente a fazê-lo. Eis que o gigante acorda e vê uma situação indesejada nos seus quintais: 

 

- Na Sérvia, uma intervenção da NATO nesse histórico aliado Russo ocupa a região seraratista do Kosovo e mais tarde reconhece a declaração unilateral de independência deste. 

- No Leste Europeu, ex-União Soviética, uma crescente presença Americana no que toca a armas de defesa e integração dos países na NATO.

 

- Presença militar americana no Iraque e no Afeganistão, regiões que durante séculos estiveram debaixo da zona de influência, primeiro, do Império Russo e, depois, da União Soviética.
 

- No Cáucaso, particularmente na Geórgia, também ela antiga República Soviética, mais do mesmo.


Eis que a Rússia, após anos de recuperação, começa a re-equilibrar o xadrez geo-político mundial no que toca medição de força e àreas de influência.

Após um enormíssimo tiro no pé, quer por parte de quase toda a Europa quer pelos Estados Unidos, que foi o reconhecimento da independência do Kosovo, a Rússia responde na mesma moeda e reconhece, após intervenção militar na Geórgia, as repúblicas da Abecássia e da Ossétia do Sul (regiões separatistas da Geórgia). 

Europa e Estados-Unidos, sem coerência, decidem não reconhecer as pretensões de Abecazes e Ossetas quando são casos em tudo semelhantes ao Kosovo: diferenças étnicas.

Mas então, porquê reconhecer o Kosovo e não a Abecássia, a Ossétia do Sul ou a Transnístria? Mais, porque não reconhecer o direito de independência a Bascos e Catalães se estes decidirem declarar unilateralmente a sua independência? E já agora, num plano mais caseiro, porque não reconhecer automaticamente a Madeira como estado independente se esta assim o declarar de forma unilateral? Tudo isto são questões delicadas do direito internacional e é por isso que se deve ter o maior cuidado com este tipo de decisões.

A questão é simples, há lógicos interesses estratégicos na região do Kosovo. A presença da NATO lá não é acidental, assim como não é por acaso que os líderes kosovares tenham sido nomeados pela mesma. Por isso, este reconhecimento da independência Kosovar foi feito pelos piores motivos. Não foram ponderadas as legitimidades históricas (que os líderes Europeus e Americanos pouco conhecem) e analisadas as consequências que teriam em outras regiões separatistas e o mau serviço prestado ao direito internacional. O reconhecimento do Kosovo veio na mesma linha de acção que NATO e EUA têm vindo a seguir: puxar para cá esses "quintais" da Rússia de modo a "isolar" este gigante que, recuperado, assumirá sempre o seu papel imperialista e quererá exercer a sua influência nesta parte do hemisfério.

A resposta Russa não se fez tardar. Acção militar na Geórgia (mais que provável futuro membro da NATO) que terminou com o reconhecimento Russo da independência da Abecássia e Ossétia do Sul. 

Não ficou por aqui. É anunciada a presença de forças Russas na Venezuela de Hugo Chávez (alguém vê alguma semelhança com a situação de Cuba nos anos 60?) na América do Sul - verdadeiro "quintal" Norte-Americano.

É como quem diz: "Metes-te no meu quintal, eu meto-me no teu."

 

publicado por Luís Pedro Mateus às 15:53
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Sábado, 19 de Dezembro de 2009

Apontamento

Os tempos que vivemos são de relativização absoluta.

O indivíduo não pode ser refém de teorias políticas utópicas que, directa ou indirectamente, o relegam para segundo plano, quer em nome da igualdade social, quer em nome de insensíveis visões economicistas ou de "livres arbítrios" institucionalizados.

 

A política deve ser um desdobramento natural da ética.

Talvez se seja demasiado idealista por possuir este conceito, ainda influenciado pelas velhas reflexões políticas de Aristóteles.

Bem se sabe que actualmente a dúvida da definição de política pende entre esta ser a ciência do Estado ou a ciência do poder - definição mais pragmática e realista, um prolongamento natural da visão de Maquiavel.

 

Volte-se à visão "emprestada": a política como um desdobramento natural da ética. A ética como uma ciência das condutas, posições adquiridas entre vícios e virtudes, bem e mal, com o objectivo final de garantir ou possibilitar o atingir da felicidade.

Neste seguimento da ética como um modo de garantir a conquista da felicidade individual, a política deve ser vista como o seu desdobramento, mas visando, através da felicidade individual, uma felicidade colectiva, ou seja, o bem comum.

Nesse processo, a política investigará a forma de governo que assegure esse fim, ou seja, a constituição do Estado.

publicado por Luís Pedro Mateus às 18:41
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