Onde é que eu já vi este filme? É familiar? Carrega Benfica!
Alguém me explica o que vai na cabeça da malta do BCE? Apesar da situação actual vão por uma pomba no BCE..
Já não são sinais suficientes? Apesar disto tudo o PM e o Ministro das Finanças continuam determinados em levar as suas ideias avante... é isso mesmo! Vamos gloriosamente ao fundo! Em vez de cortar radicalmente nos gastos do estado o nosso governo decide atacar a credibilidade das agências de rating!
Carrega Benfica!!
Afinal já não há vitimização? Passaram de vitimas a fortes negociadores? Não percebo nada disto.
Continuo a adorar as declarações do género.. " o défice e a divida pública são a forma de responder a uma crise". Será que os Socialistas não sabem que existe um mercado de dívidas públicas? e que não convém nada haver desvarios mentais nas contas?
Apesar do Ministro Teixeira dos Santos ter admitido que errou nas contas do deficit, Sócrates lança mais uma pérola.. "o deficit aumentou porque nós decidimos aumentar o deficit".. enfim, visões diferentes.
Alguma mente iluminada me consegue explicar a razão de existência disto? Porque é que a meta são 3% e não 0%? Estas teorias do Sr. Keynes são demasiado complexas para mim...
Após uma conferência muito interessante que assisti ontem na Maia sobre a Regionalização com o Dr. Garcia Pereira e com o meu caro amigo João Almeida, não resisto a deixar aqui algumas achas sobre o tema.
Portugal vive hoje uma situação extremamente complicada com um deficit e uma dívida pública gigantes, segundo um estudo ontem apresentado pelo ex-ministro da Finanças Bagão Felix para a SIC, 7 milhões de Portugueses directa ou indirectamente dependem do Estado para ganhar a vida, o nosso sector industrial perde competitividade de dia para dia, os nossos serviços não têm qualidade, o investimento cada vez mais se centra à volta da Grande Lisboa e para finalizar o diagnóstico, como o pior cego é aquele que não quer ver, os Governantes deste País fingem não ver a situação dramática em que vivemos e continuam a projectar obras faraónicas e a querer "modernizar o País" com Planos Nacionais para tudo e mais alguma coisa.
Estando a viver este momento, é essencial cortar na despesa pública e no endividamento, a fim de equilibrar as contas públicas e dar sinais às agências de rating que as coisas se estão a endireitar.
A Regionalização é uma questão estrutural do nosso País, e no meu entender só terá condições para avançar se a mesma ajudar a reduzir a máquina do Estado. Nesta altura, a última coisa que este País necessita é de mais "emprego público". Ainda ontem, o João Almeida dizia que se precisava de rever o mapa de Juntas de Freguesia e Câmaras de Portugal, não podia estar mais de acordo. Deixo aqui uma pergunta, já pararam para pensar para que servem tantas Juntas de Freguesia? Qual o interesse de cidades como o Porto ou Lisboa terem tantas Juntas? Quem diz Porto ou Lisboa, pode também dizer quase todos os concelhos do Distrito de Braga que cada um tem mais de 20, 30 juntas, chegando Barcelos, por exemplo a ultrapassar as 60...
Se a Regionalização servir por exemplo para acabar com isto.. porreiro pah!
Portugal necessita de um Estado competitivo. Portugal precisa de menos Estado, de um Estado que ofereça Serviços de Qualidade aos contribuintes, de um Estado que não se atrase nos pagamentos ou no tratamento de processos e de um Estado barato. Um Estado que seja barato do ponto de vista da despesa dos contribuintes. A Regionalização poderia ser uma óptima oportunidade para se fomentar a concorrência fiscal entre regiões, uma excelente medida que iria certamente ajudar muitas empresas e promover o investimento no nosso País.
Tem continuação,
Beijinhos e abraços,
João Ribeirinho Soares
A Irlanda gere um orçamento altamente deficitario, o FMI, as agencias de rating e a UE ameaçaram, por isso decidiram cortar salários dos funcionários publicos em 10%, cortar despesas correntes em mais de 20%, e um sem numero mais de medidas que permitiu que neste momento já não seja dos casos mais dramáticos da zona Euro.
A Grécia mentiu sobre as contas públicas (não soa tão tristemente familiar ?), teve um defice declarado superior a 12% em 2009, está à beira de mais um downgrade, e que vai fazer? Contratar um funcionario publico por cada 5 que saem, congelar salarios acima de 2000 eur e cortar 20% nos beneficios dos funcionarios publicos, cortar pensões dos que trabalham e recebem pensões em 70%, combater a corrupção, aumentar o IVA, cortar na despesa corrente e privatizar empresas publicas. Com isto, a pressão foi certamente menor.
A Roménia, a Hungria, a Letónia (todos países com intervenção directa do FMI) também reduziram despesa, despediram funcionários publicos e cortaram salarios dos mesmos.
Ainda bem que o que se discute em Portugal é por onde é que vai gastar mais ! Mais depressa vem o FMI e mais depressa somos geridos por gente competente!
Portugal está sob o olhar atento dos mercados internacionais. Não, os investidores não têm um odio particular por Portugal para estarem a declaradamente aumentar o prémio de risco da República. Mas os investidores sabem que Portugal têm um Estado social enorme, impostos do mais socialista - no sentido mais marxista possível do termo - que há por esse mundo, baixa produtividade, ainda menor competitividade, défice galopante e dívida externa descontrolada (e sem sequer se estar a pensar em controlar).
Por outras palavras, temos um estado social de ricos (qual país nórdico), gastamos como novos ricos (qual Brasil), endividamo-nos como se tivessemos país ricos (a Alemanha?), cobramos impostos como só o Estado importasse (qual império Romano..que é dele hoje?), trabalhamos e reclamamos como se todos nos devessem e ainda exigimos aumentos salariais, espante-se, como se produzissemos como máquinas (qual China...).
Ou seja, um filme de horror, agravado pela incompetencia socialista (e falta de cojones políticos também da oposição) para agir.
Ja sei, estamos à espera que ou a UE ou o FMI nos imponha as medidas dificeis, e assim os nossos brilhantes políticos possam escudar-se nesse brilhante argumento: "não fui eu! Foram os maus dos capitalistas e centralistas/federalistas!"
Mas não se iludam, por cada euro a mais de dívida (isto inclui, obviamente o défice) a nossa soberania foge a passos largos para Bruxelas... ou seja, para Berlim. E nem sequer consigo dizer que isso seja propriamente uma mau...ao ponto a que chegamos, precisamos mesmo é quem consiga gerir o País, e não eleger-se e manter tachos ou poder. Triste fado.
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