Estas palavras são de Pedro Santana Lopes, numa das suas mil versões anteriores, em que defendia com unhas e dentes a eleição do presidente do PSD em directas. Hoje, pouco mais de dois anos e duas derrotas eleitorais depois, o menino guerreiro vai desfilando mais uma vez sob as luzes da ribalta com a feroz dedicação de recolher as assinaturas necessárias para a realização de um congresso extraordinário antes das próximas directas.
No fundo, o que ele pretende, ainda que sob disfarce, é voltar atrás. A desculpa de que o PSD precisa de discutir ideias, métodos, programas, é todo um conjunto de motivos que demonstram a falibilidade do actual método de escolha do líder em uso no PSD (no PS e no CDS também, já agora) em comparação com os antigos congressos electivos e a falibilidade da convicção de Santana Lopes em 2007.
É uma evidência que o método das directas retira conteúdo a um momento eleitoral que não passa disso mesmo, aprimorado com um congresso no final para servir de enfeite. E torna-se uma evidência que os congressos são o grande fórum de discussão de ideias, argumentos e estratégias, feito sob o signo da pluralidade, de uma verdadeira noção de contraditório, e da emoção natural de quem sente o partido e quer o melhor para ele.
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