E com ela virá o mais que provável chumbo da petição assinada por 90000 pessoas da sociedade civil (essa que alguns políticos tanto dizem valorizar, mas que depois ignoram) que pede um referendo à questão sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Eu proponho duas coisas.
1º - Fazer nova petição. Desta vez, com 250000 assinaturas (um peso mais sedutor ao eleitoralismo dos partidos).
2º - Que o CDS, nas próximas eleições, faça constar do seu programa uma nova alteração à Lei. Se é contra agora, deverá manifestar sê-lo no futuro.
Notícias como esta fazem parecer o futuro do CDS (ainda mais) auspicioso.
Santana tem muitas vidas, é certo.
Quantas terá o PSD?
Freitas do Amaral aponta, de facto, o grande desafio que se coloca ao CDS, ou seja, o de crescer mais.
Esse crescer mais, obviamente, querer-se-ia que o fosse significativamente de modo a que possa, de facto, influenciar uma governação.
Para esse crescimento significativo ser possível, num projecto coerente e aceite por todo o partido, o CDS precisa de saber cativar, mobilizar e aglomerar a sociedade civil que simpatiza com as ideias do CDS.
Essa sociedade civil, que recusa mais esquerda, que recusa mais "centrões" que pouco ou nada mudam, é uma maioria silenciosa que já pouco confia nos políticos e que anseia por uma estratégia que ponha o país em convergência com a Europa.
É preciso, é vital saber cativar essa maioria.
Só assim o CDS pode aspirar a ser algo mais do que um parceiro júnior de uma coligação governativa.
O Tiago disse, no post anterior, que Não sei qual a posição do Carlos Santos na altura, mas parece-me simplex de adivinhar que usou uma linha de raciocínio e um conjunto de argumentos que não incluíam esta ideia que agora fez questão de utilizar.
Antes pelo contrário, este indivíduo ousa agora dizer que A proposta do depósito para o nasciturno levantar quando completasse 18 anos, tinha subjacente um processo de capitalização. Havia um benefício na espera. um benefício que, com uma miraculosa taxa de juro de 10% ao ano (que acredito que nunca existirá, e à qual teremos com certeza de descontar impostos), teria um valor final fantástico de 1111,983€ (contas minhas), além de, como o CDS deixou claro, ser mais um benifício às entidades bancárias, que ficariam com aquele dinheiro em seu poder durante 18 anos, do que às famílias.
Além disso, Carlos Santos acredita que 18 anos é pouco tempo, comparado com um intervalo que começa, nas suas contas, nos 25 anos. Diz também o referido senhor que aqui não haveria capitalização. Mais uma vez o PS a esquecer onde se encontram depositados os fundos da segurança social.
Dizer que há benefício na espera, na proposta socialista, numa crítica a esta do CDS, é dizer, implicitamente, que nesta proposta não há benifício na espera. Claramente existe, uma vez que uma majoração da reforma implica uma reforma maior que, logicamente, é melhor que uma menor.
Dizer que esta medida se a medida tiver subjacente a lógica de discriminação positiva(...), essa compensação foi sendo feita (...) com a dedução de despesas (...) no IRS é mais uma falácia, já que esquece que os tectos para estas deduções são, na generalidade dos casos, definidos por um valor fixo, e não multiplicado pelo número de filhos.
Por fim, chamar a esta medida um golpe adicional (...) na robustez e sustentabilidade do sistema de segurança social pública é, mais uma vez, falso. Essa despesa adicional apenas acontecerá se ela tiver sucesso e, assim, o factor desse sucesso, as crianças entretanto nascidas, compensarão, em larga medida, esta despesa, pelos seus próprios descontos. Talvez até por isso, esta medida, em que a despesa do estado apenas é feita quando as pessoas já estão, em princípio, no mercado de trabalho, seja uma das mais equilibradas que se pode fazer neste aspecto, ainda mais nos prazos referidos por Carlos Santos (2070).
Por último, vir falar na hipotética inconstitucionalidade de uma possível discriminação em relação aos casais homossexuais é pura futurologia que não merece sequer ser comentada.
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