Em sequência do post do Rui Crull Tabosa no 31 da Armada, que subscrevo na totalidade, aproveito para abordar igualmente a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem que postula que um crucifixo na sala de aula pode ser “facilmente interpretado pelos estudantes de todas as idades como um símbolo religioso”. Os alunos estariam assim a ser educados num ambiente escolar com “as marcas de uma religião”.
Junto às características religiosas cristãs da bandeira Portuguesa salientadas pelo Rui Crull Tabosa que muito devem impressionar (e insultar?) as outras religiões, de igual modo, para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem analisar, criticar e proibir as bandeiras do Reino Unido, Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Islândia, Grécia, Malta, Suiça e Eslováquia uma vez que todas elas têm uma cruz de Cristo.
Não compreendo, e nem crente sou, que mal faz um crucifixo numa sala de aula. Não estou a ver como este símbolo pode impressionar e incomodar alguém, e outros, como os citados acima, já não.
Não compreendo a obcessão em negar as nossas heranças, em negar a base cristã sobre a qual a Europa se fundou com a justificação de que isso pode incomodar as outras religiões. Não compreendo. Sou ateu, e não compreendo. Não me sinto minimamente atingido nas minhas liberdades religiosas por meros símbolos que fazem parte da história de uma determinada sociedade ou cultura. Se emigrasse para um país Árabe, com certeza não me incomodaria com a estrela e o quarto crescente do Islão nas várias bandeiras...
Importar-me-ia mais que alguns desses países, que tantas vezes criticam a "exagerada" audácia democrática europeia, julgassem a minha companheira por ela não usar um véu na cabeça.
Tudo isto é bem ilustrativo da "batalha" entre o conservadorismo moderado e o "progressismo" (as aspas são propositadas) desenfreado.
Para mim, o conservadorismo moderado apenas postula que, como bem disse Churchill que...
"If we open a quarrel between past and present, we shall find that we have lost the future."
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