Quarta-feira, 2 de Dezembro de 2009
"French plan to force gender equality on boardrooms."
Esta tendência para impor à sociedade uma determinada forma de organização, moldando-a à força de decretos, que promove uma realidade artificial submissa ao politicamente correcto, assusta-me.
E irrita-me esta tendência "moderninha" de busca de uma sociedade perfeita que obedece a critérios meramente quantitativos. Até porque, caros burocratas, apenas pode obedecer a tais critérios, tão ao vosso jeito. Quando o factor qualidade é chamado a definir o lugar de cada um, não obstante algum atraso imprimido pelas contingências históricas e culturais, a coisa resolve-se naturalmente. E se não for uma resolução perfeita - essas, provavelmente, nem existem - será pelo menos muito mais legítima do que a acção da mão - vejam lá a ironia e falta de paridade da coisa - do Homem.
Tocaste num ponto muito polémico. Eu não vejo polémica nenhuma nisso. Apenas uma questão que a sociedade faz questão de discriminar em busca da tal "sociedade perfeita". O mundo caminha por si, não precisa deste tipo de muletas ou esquemas de suposta igualdade.
Com isto, o Sarkozy provou que toda a gente pode ter um eclipse de lucidez...
já deviam ter percebido que estas leis só servem para trazer incompetentes para cargos importantes. Preciso de 50% de mulheres? Vou ver se a minha cunhada aceita!
Pelo contrário, se deixassem as coisas ocorrer naturalmente, as mulheres competentes começariam a ocupar tais cargos, se a tal tivessem dispostas, o que até pode não acontecer, e, embora demorasse mais tempo, n soaria a falso. basta ver o caso das escolas, ou dos hospitais, onde se verifica que a maioria dos médicos e professores são agora mulheres, sem ter tido de sair lei nenhuma que obrigasse a isso
De Rafael Rodrigues Centeio a 3 de Dezembro de 2009 às 10:19
Em uma democracia representativa, tanto o chefe de estado (sim, estado com letra minúscula) quanto o chefe de governo são meros funcionários, pagos pelo contribuinte, para governar em função dos valores dos cidadão. Em suma, a sociedade molda o governo.
Porém, com o advento do estado moderno, infectado manifestamente pela mentalidade revolucionária, as coisas são vistas de outra forma. A classe política dominante quebra as barreiras daquilo que é maximamente permitido a um mero representante em uma democracia sadia e passa a raciocinar no inverso. Cada burocratazinho, em seu escritório sonha com a sua sociedadezinha perfeita. Ele moldará a sociedade. Ele sabe o que é certo e o que é errado. O bem e o mal não o transcende, ele é o próprio Verbo Encarnado. Olha com desdém todo o passado cultural que construiu a nossa civilização e o condena, de cima de seu trono celestial. E quem não concordar será tachado de "retrógrado", "fascista", "burguês" ( mesmo que não tenha onde cair morto, como eu).
"Mentalidade revolucionária é a proposta de um futuro melhor, hipotético, a ser realizado mediante a concentração de poder" Olavo de Carvalho.
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