O escrúpulo socialista no cumprimento literal do seu programa servirá de desculpa para desvalorizar 90 mil assinaturas que pedem um referendo. Dizem eles que, por ter sido votado por uma maioria, os pontos nele inscritos já estão – porque toda a gente lê os programas dos partidos, pois claro – aprovados por uma maioria, o que dispensa a consulta popular. Sem estar agora a questionar tão questionável argumento, apenas lamento que esta verdade absoluta que mora em muitos militantes socialistas não tenha dado sinal de vida mais cedo e noutras questões. É que, se bem me lembro, do programa eleitoral do PS em 2005, que uma maioria absoluta votou, não constavam subidas de impostos e a nacionalização de bancos. É. A conveniência tem destas coisas.
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