Os tempos que vivemos são de relativização absoluta.
O indivíduo não pode ser refém de teorias políticas utópicas que, directa ou indirectamente, o relegam para segundo plano, quer em nome da igualdade social, quer em nome de insensíveis visões economicistas ou de "livres arbítrios" institucionalizados.
A política deve ser um desdobramento natural da ética.
Talvez se seja demasiado idealista por possuir este conceito, ainda influenciado pelas velhas reflexões políticas de Aristóteles.
Bem se sabe que actualmente a dúvida da definição de política pende entre esta ser a ciência do Estado ou a ciência do poder - definição mais pragmática e realista, um prolongamento natural da visão de Maquiavel.
Volte-se à visão "emprestada": a política como um desdobramento natural da ética. A ética como uma ciência das condutas, posições adquiridas entre vícios e virtudes, bem e mal, com o objectivo final de garantir ou possibilitar o atingir da felicidade.
Neste seguimento da ética como um modo de garantir a conquista da felicidade individual, a política deve ser vista como o seu desdobramento, mas visando, através da felicidade individual, uma felicidade colectiva, ou seja, o bem comum.
Nesse processo, a política investigará a forma de governo que assegure esse fim, ou seja, a constituição do Estado.
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