Interrompi o meu raciocínio, esperei que se fizesse silêncio e perguntei-lhe o nome e a idade (22 anos). Disse-lhe que tinha 56. Havia uma diferença de 34. E depois disse-lhe o seguinte (cito de memória).
-Claro que é um argumento de autoridade. Eu sou uma autoridade perante si. Se pensa que sou igual a si, desengane-se e considero uma ofensa você estar a querer pôr-me ao seu nível. Quando você nasceu eu já tinha feito uma licenciatura, que só agora você anda a fazer, na realidade já tinha feito um mestrado e um doutoramento, já era professor universitário titular, era pai de três filhos e à espera do quarto ...
e fui por ali fora a enumerar os meus feitos e com um tal entusiasmo que às tantas estava a ficar impressionado comigo próprio. Expliquei-lhe que aquilo que ele tinha dito era uma ofensa porque implicava que eu não tinha aprendido nada nestes 34 anos de vida, antes dele nascer.
E concluí:
-Ou você julga que eu andei aqui 34 anos a olhar p´ró balão à espera que você nascesse para que os dois pudéssemos começar a vida em pé de igualdade?
Eu considero que uma das primeiras tarefas para recuperar Portugal - a sua economia, a sua sociedade, as suas instituições - é pôr na ordem estes miúdos que acham que o mundo nasceu com eles.
Via Pedro Arroja, no Portugal Contemporâneo
Disse a apresentadora do jornal da noite da sic que Joe Biden disse a Obama um palavrão que, "segundo os analistas políticos, não se pode dizer à própria mãe".
Pelos vistos os americanos têm costumes muito diferentes dos nossos...
A 11ª edição do Festival “Montréal en Lumiére”, que teve Portugal como país convidado, levou ao Canadá a maior delegação de sempre de chefes e produtores de vinhos nacionais, além das fadistas Mísia e Ana Moura e da actriz e cineasta Maria de Medeiros. Foi talvez a mais importante acção de promoção da gastronomia e dos vinhos portugueses alguma vez realizada no estrangeiro, a avaliar pela enorme cobertura mediática dispensada ao evento naquele país. Mas, estranhamente, não contou com qualquer apoio do Estado português.
A representação de Portugal foi assegurada por 21 chefes de cozinha e 18 produtores de vinhos. Em concreto, estiveram presentes os chefes Fausto Airoldi, Sergio Arola, José Avillez, Luís Baena, Rita Chagas, Vítor Claro, Nuno Diniz, Marco Gomes, Joachim Koerper, Isabelle Allexandre, Albano Lourenço, António Nobre, Pedro Nunes, Rui Paula, Leonel Pereira, Paulo Pinto, Henrique Sá Pessoa, Vítor Sobral, Ljubomir Stanisic, José Júlio Vintém e Luís Américo e os produtores Quinta do Vale D. Maria, Quinta do Vallado, Quinta do Crasto, Niepoort, Duorum, Malhadinha Nova, Quinta da Chocapalha, José Maria da Fonseca, Herdade do Esporão, Dona Maria Vinhos, Herdade das Albernoas, DFJ Vinhos, Quinta do Portal, Quinta do Mouro, Aliança-Vinhos de Portugal, Luís Pato, J. Portugal Ramos e Carm – Casa Agrícola Reboredo Madeira.
Montréal é a segunda cidade do Québec, a mais importante província do Canadá e grande consumidora de vinhos de qualidade. O Festival “Montréal en Lumiére” pretende revitalizar a cidade no Inverno, oferecendo aos seus cidadãos e aos visitantes um sem número de propostas culturais e gastronómicas. O evento é tão importante que atrai anualmente cerca de 750 mil pessoas.
A decisão de escolher Portugal como país convidado na edição deste ano foi muito influenciada pelo prestígio e envolvimento do empresário Carlos Ferreira, proprietário do Ferreira Café, um dos mais conceituados restaurantes de Montréal. No início de 2009, a direcção do festival endereçou o convite a Portugal através da embaixada no Canadá, solicitando um apoio de 100 mil dólares canadianos (cerca de 70 mil euros). Foram contactados posteriormente o Ministério da Cultura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Secretaria de Estado do Turismo, a AICEP e a Viniportugal.
Já no início de Fevereiro de 2009, ficou a saber-se que o Estado português não iria dar qualquer apoio. Umas instituições responderam negativamente, outras não responderam sequer. Quatro produtores de vinho, João Álvares Ribeiro, da Quinta do Vallado, Miguel Roquette, da Quinta do Crasto, Pedro Lopes Vieira, da Herdade do Esporão e Cristiano van Zeller, da Quinta Vale D. Maria, na altura presentes no Québec, perante a possibilidade de se perder uma excelente oportunidade de divulgação dos vinhos Portugueses e da gastronomia e cultura Portuguesa, assumiram, em conjunto com Carlos Ferreira, a tarefa de organizar um grupo mais alargado de produtores para financiar a totalidade do custo da representação Portuguesa no Festival Montréal en Lumière. Com este investimento, a organização do festival assumiu as despesas com a deslocação e a estadia dos chefes, abdicando estes de receber qualquer cachet. Os produtores suportaram todas as despesas com as deslocações próprias.
“Quando demos conta da grandeza da vergonha, decidimos que iríamos participar a expensas próprias. O Carlos Ferreira disse até que assumia sozinho a participação de Portugal, mas nós decidimos avançar com a iniciativa. Além de salvarmos a face a Portugal, não podíamos deixar de aproveitar uma oportunidade de mostrar ao mundo o alto nível qualitativo da nossa comida e dos nossos vinhos”, recorda Cristiano van Zeller, da Quinta do Vale D. Maria.
Pedro Lopes Vieira, da Herdade do Esporão, assumiu a tarefa de coordenar, da parte de Portugal, todos os produtores contactados e, em pouco tempo, foi organizada uma delegação com vinhos bem representativos do melhor que se produz em Portugal.
Cada um dos chefes cozinhou durante dois dias num restaurante da cidade, elaborando um menu específico para ser acompanhado com vinhos portugueses. Em simultâneo, a Société des Alcohols du Québec (SAQ), a entidade responsável pelo monopólio das compras de vinho naquela província canadiana, instalou um mini salão num centro comercial de Montréal durante quatro dias para provas dos vinhos representados no Festival.
A presença dos produtores nacionais serviu, assim, para colocar em evidência, junto dos conselheiros da SAQ, a qualidade dos vinhos Portugueses, abrindo novas oportunidades de negócio num mercado tão importante como é o do Canadá, um país com alto poder aquisitivo.
A participação Portuguesa foi um êxito, com as criações gastronómicas e os vinhos a geraram reacções entusiásticas. Os principais meios de comunicação do Québec dedicaram grande atenção ao evento, não poupando elogios a Portugal, que foi apresentado como “um país fabuloso, uma terra incrivelmente fértil, com uma diversidade agro-alimentar e vinícola excepcional”.
Granadeiro cruza para PS!:
PS recebe de peito e de primeira chuta para o primeiro golo!:
A cabazada que os meninos da mão fechada estão a levar na Comissão de Ética é tanta, que nem os novos reforços lhes valem... É o salve-se quem puder!
No seguimento dum post do André Lucas, importa-me abordar alguns aspectos interessantes.
O André levanta uma boa questão, penso é que a aborda pelo lado errado.
Para mim, a questão não tem que ver com "contribuintes a pagar o erro de outros", como o André aponta.
Como sabemos, o SNS é abrangente: eu posso andar de olhos vendados pela rua, cair numa valeta, ir para o hospital e o SNS cobre-me uma grande parte das despesas.
Se acrescentar a isto o facto da minha mãe ser funcionária pública e de eu, dessa forma, ainda beneficiar de ADSE, então praticamente não pagaria nada. Fui irresponsável, e quem pagou, basicamente, foram todos os contribuintes.
Se a questão da irresponsabilidade e do erro não se coloca noutras situações, nesta não me parece que deva ser diferente.
A questão interessa ser pegada, mas por outro lado.
O que interessa de facto discutir é a ilusão e a mentira descarada que os promotores do "SIM" no Referendo lançaram à opinião pública.
De facto, da parte do SIM, quiseram fazer crer que esta era a única hipótese: o aborto sem reservas, quem quer aborta e ninguém controla, ninguém informa, ninguém sensibiliza, ninguém educa.
Porquê? Porque, segundo os arautos do "SIM", as mulheres são todas pessoas de bem, informadas e sensíveis que apenas recorreriam ao aborto por extrema necessidade, por imperativo superior.
Pouco importou que da parte do "NÃO" se encontrassem pessoas que, sendo favoráveis à despenalização do aborto, não se reviam numa postura de total liberalização e desresponsabilização, em suma, não se reviam num convite claro de tornar o aborto num mero e recorrente método contraceptivo.
O facto é que, segundo estudo feito na Maternidade Alfredo da Costa (a maior do país e que reflecte a tendência nacional), 87% das mulheres que abortam não usam contraceptivos.
O facto é que, a maioria das mulheres que foram abortar à Maternidade Alfredo da Costa "não fazia planeamento familiar e mesmo depois do aborto algumas optaram por continuar a não fazer nenhum método contraceptivo"
Onde está o choque das pessoas? Onde estão as coberturas das televisões e as manchetes dos jornais? Onde está o reconhecimento das pessoas que promoveram o "SIM" de que o modelo que preconizavam estava errado e que promove o aborto como contracepção?
Sendo Portugal um país com uma grave crise demográfica, é de espantar que as políticas de natalidade não comecem, precisamente, por uma grande restrição e controlo das prácticas abortivas. Mas Portugal, infelizmente, habituou-nos a espantar pelas piores razões.
As questões financeiras associadas ao aborto, a meu ver, são secundárias ou mesmo inúteis.
A questão é mesmo de princípio:
Concorda com a liberalização total do aborto, se realizado, por opção da mulher, nos primeiros dois meses e meio, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado, com total comparticipação pelo Estado e com direito a subsídio de gravidez?
Mas ninguém faz esta pergunta.
Ninguém a quis fazer em 2007, porque talvez aí se arriscassem a que o "NÃO" fosse bem superior aos 40,75%. Desta forma, a pergunta a referendo, «Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?», ficou provada que mais não foi do que um engodo.
Mais, o que importa saber é se, depois destes factos todos, o leitor é a favor ou contra a lei actual do aborto.
Esta história de dizer que tem de se construir o tgv porque está fora de questão perder dinheiros comunitários é a mesma coisa que dizer que temos que gastar 10.000€ em panos da louça para não perdermos os vales de desconto do supermercado...
Hoje o sr Pinto de Sousa disse que ia adiar o TGV.
Boas notícias, saber que este investimento enorme que iria pesar nas nossas carteiras nas próximas décadas foi adiado!
Mas serão assim tão boas como à primeira vista parece? Diz que não. É que o sr. Pinto de Sousa vive em Lisboa e apetece-lhe ir namoriscar com o Zé Luís, que vive em Madrid, ao fim de semana. Portanto, é preciso fazer uma linha Lisboa-Madrid rapidamente e em força.
E como o sr. Pinto de Sousa quer chegar rápido a Madrid, a linha tem de ser o mais directa possível. Assim, o TGV vai sair de Lisboa para uma zona que um sábio antigo chamou de deserto...
Já era inadmissível que se pensasse, no estado em que o país está, em tgv's e aeroportos. Era também impensável que, para que Lisboa tivesse uma linha em que chegasse o mais rapidamente possível a Madrid, esta fosse inútil à maioria da população, que teria que andar aos S para ir a Madrid de comboio. A verdadeira ligação de Portugal (e não só de Lisboa) a Madrid por comboio seria via Aveiro ou, quando muito, Entroncamento.
Mas, em vez de resolver este problema, o nosso magestroso governo arranjou um terceiro: não só vai fazer tgv, como a linha Lisboa-Madrid será mesmo via "deserto", e ainda acaba com qualquer remota utilidade deste investimento para o resto do país, ao "adiar", sabe-se lá até quando, as restantes linhas do tgv.
O país está condenado enquanto se deixar reger pelo Imperialismo de uma Madrid que quer praia e o snob-bacoquismo de uma Lisboa estranguladora. Ainda há cerca de 10 anos a região Norte era a mais rica do país. Aqui eram sediadas as grandes empresas, a indústria, o sector financeiro. Talvez fosse legítimo a capital querer ser equivalente a esta região. Agora, o que nunca aceitarei é que nos tornem uma das regiões mais pobres da Europa só porque querem continuar a encher o bandulho e preguiçar à nossa custa!!!
Chegou a hora de nos unirmos e fazermos este ultimato: se só querem saber da vossa terra, se querem tgv's e aeroportos, espezinhar tudo o que está à vossa volta, tomem a independência e arranjem maneira de pagar os vossos luxos. Porque Portugal somos nós e não nos sujeitamos a sofrer à custa de uma colónia preguiçosa e gorda de 3ª categoria, mesmo que seja muito antiga e o poder político viva lá!!!!
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