Segunda-feira, 25 de Janeiro de 2010

Até quero ver o resultado...

Até quero ver o resultado disto para me rir um bocado...

publicado por João Ribeirinho Soares às 12:04
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Sábado, 23 de Janeiro de 2010

Transportes e Obras Públicas

Também ontem, na conferência a que fui sobre a Regionalização foi perdido muito do tempo a falar sobre transportes, mais concretamente sobre o TGV e o transporte ferroviário.

Sou pessoalmente contra qualquer tipo de obra de carácter faraónico que segundo meia dúzia de mentes iluminadas vai fomentar a economia e vai promover um aumento de crescimento de x%, crescimento esse baseado em previsões altamente falíveis e dignas da capacidade criativa das melhores cartomantes e dos Professores Karamba deste Mundo.

O único crescimento da economia que conheço é aquele que é promovido voluntariamente pelo sector privado da sociedade que aceita tomar riscos de livre e espontânea vontade.

Mais uma vez, a questão do TGV só mostra que os nossos Governantes não têm visão estratégica e de certeza que não estão a investir dinheiro que lhes pertence.

São ditas diversas falácias sobre o TGV: primeiro a de que servirá como importante instrumento no transporte de mercadorias e a segunda de que precisamos desse elefante branco para modernizar Portugal e atingir uma qualquer média europeia.

Relativamente ao transporte de mercadorias há diversos factores a equacionar. Qualquer empresa selecciona o modo de transporte adequado para as suas mercadorias, tendo em conta factores externos, características do produto, características do cliente e características da empresa.

A infra-estrutura ferroviária nacional de transporte de mercadorias simplesmente não existe.

O transporte ferroviário é um meio de transporte competitivo para carregamentos grandes, com grandes dimensões e regulares entre pontos fixos. Ou seja, o transporte ferroviário é competitivo para transportar matérias-primas, produtos a granel e outros produtos onde o custo do transporte seja fulcral no custo final do produto. É um meio de transporte muito pouco flexível devido à necessidade duma infra-estrutura pesada e cara, não permitindo flexibilidade nas entregas. É portanto, no contexto actual um meio de transporte pouco competitivo para mercadorias, sendo pouco compatível com as filosofias Just-in-Time (JIT) ou Quick-Response (QR).

A velocidade do transporte ferroviário (comum) é relativamente baixa e os tempos de espera nos terminais são elevados. O transporte ferroviário tem ainda outro problema grave, o duplo manuseamento da carga. Os prazos de entrega não jogam a favor deste meio de transporte.

Como conclusão pode-se entender que a ferrovia compete com os outros meios de transporte no factor preço. Ora o €/km percorrido no TGV é elevadissimo, logo este nunca será competitivo para transportar o tipo de carga que a ferrovia convencional transporta.

publicado por João Ribeirinho Soares às 11:31
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Regionalização (1)

Após uma conferência muito interessante que assisti ontem na Maia sobre a Regionalização com o Dr. Garcia Pereira e com o meu caro amigo João Almeida, não resisto a deixar aqui algumas achas sobre o tema.

Portugal vive hoje uma situação extremamente complicada com um deficit e uma dívida pública gigantes, segundo um estudo ontem apresentado pelo ex-ministro da Finanças Bagão Felix para a SIC, 7 milhões de Portugueses directa ou indirectamente dependem do Estado para ganhar a vida, o nosso sector industrial perde competitividade de dia para dia, os nossos serviços não têm qualidade, o investimento cada vez mais se centra à volta da Grande Lisboa e para finalizar o diagnóstico, como o pior cego é aquele que não quer ver, os Governantes deste País fingem não ver a situação dramática em que vivemos e continuam a projectar obras faraónicas e a querer "modernizar o País" com Planos Nacionais para tudo e mais alguma coisa.

Estando a viver este momento, é essencial cortar na despesa pública e no endividamento, a fim de equilibrar as contas públicas e dar sinais às agências de rating que as coisas se estão a endireitar.

A Regionalização é uma questão estrutural do nosso País, e no meu entender só terá condições para avançar se a mesma ajudar a reduzir a máquina do Estado. Nesta altura, a última coisa que este País necessita é de mais "emprego público". Ainda ontem, o João Almeida dizia que se precisava de rever o mapa de Juntas de Freguesia e Câmaras de Portugal, não podia estar mais de acordo. Deixo aqui uma pergunta, já pararam para pensar para que servem tantas Juntas de Freguesia? Qual o interesse de cidades como o Porto ou Lisboa terem tantas Juntas? Quem diz Porto ou Lisboa, pode também dizer quase todos os concelhos do Distrito de Braga que cada um tem mais de 20, 30 juntas, chegando Barcelos, por exemplo a ultrapassar as 60...

Se a Regionalização servir por exemplo para acabar com isto.. porreiro pah!

Portugal necessita de um Estado competitivo. Portugal precisa de menos Estado, de um Estado que ofereça Serviços de Qualidade aos contribuintes, de um Estado que não se atrase nos pagamentos ou no tratamento de processos e de um Estado barato. Um Estado que seja barato do ponto de vista da despesa dos contribuintes. A Regionalização poderia ser uma óptima oportunidade para se fomentar a concorrência fiscal entre regiões, uma excelente medida que iria certamente ajudar muitas empresas e promover o investimento no nosso País.

Tem continuação,

Beijinhos e abraços,

João Ribeirinho Soares

publicado por João Ribeirinho Soares às 10:28
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Quinta-feira, 21 de Janeiro de 2010

Fado? Não, incompetencia!

A Irlanda gere um orçamento altamente deficitario, o FMI, as agencias de rating e a UE ameaçaram, por isso decidiram cortar salários dos funcionários publicos em 10%, cortar despesas correntes em mais de 20%, e um sem numero mais de medidas que permitiu que neste momento já não seja dos casos mais dramáticos da zona Euro.

 

A Grécia mentiu sobre as contas públicas (não soa tão tristemente familiar ?), teve um defice declarado superior a 12% em 2009, está à beira de mais um downgrade, e que vai fazer? Contratar um funcionario publico por cada 5 que saem, congelar salarios acima de 2000 eur e cortar 20% nos beneficios dos funcionarios publicos, cortar pensões dos que trabalham e recebem pensões em 70%, combater a corrupção, aumentar o IVA, cortar na despesa corrente e privatizar empresas publicas. Com isto, a pressão foi certamente menor.

 

A Roménia, a Hungria, a Letónia (todos países com intervenção directa do FMI) também reduziram despesa, despediram funcionários publicos e cortaram salarios dos mesmos. 

 

Ainda bem que o que se discute em Portugal é por onde é que vai gastar mais ! Mais depressa vem o FMI e mais depressa somos geridos por gente competente!

publicado por Carlos Martins às 21:53
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Triste Fado desta República

Portugal está sob o olhar atento dos mercados internacionais. Não, os investidores não têm um odio particular por Portugal para estarem a declaradamente aumentar o prémio de risco da República. Mas os investidores sabem que Portugal têm um Estado social enorme, impostos do mais socialista - no sentido mais marxista possível do termo -  que há por esse mundo, baixa produtividade, ainda menor competitividade, défice galopante e dívida externa descontrolada (e sem sequer se estar a pensar em controlar).

 

Por outras palavras, temos um estado social de ricos (qual país nórdico), gastamos como novos ricos (qual Brasil), endividamo-nos como se tivessemos país ricos (a Alemanha?), cobramos impostos como só o Estado importasse (qual império Romano..que é dele hoje?), trabalhamos e reclamamos como se todos nos devessem e ainda exigimos aumentos salariais, espante-se, como se produzissemos como máquinas (qual China...).

 

Ou seja, um filme de horror, agravado pela incompetencia socialista (e falta de cojones políticos também da oposição) para agir. 

 

Ja sei, estamos à espera que ou a UE ou o FMI nos imponha as medidas dificeis, e assim os nossos brilhantes políticos possam escudar-se nesse brilhante argumento: "não fui eu! Foram os maus dos capitalistas e centralistas/federalistas!"

 

Mas não se iludam, por cada euro a mais de dívida (isto inclui, obviamente o défice) a nossa soberania foge a passos largos para Bruxelas... ou seja, para Berlim. E nem sequer consigo dizer que isso seja propriamente uma mau...ao ponto a que chegamos, precisamos mesmo é quem consiga gerir o País, e não eleger-se e manter tachos ou poder. Triste fado.

 

 

publicado por Carlos Martins às 21:40
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Adopção

Afinal para o Marinho Pinto já há diferenças....

 

Isto é tudo uma manobra de diversão. Por dois lados:

 

- um, porque falando destes casos mais polémicos, desvia-se a "conversa" dos assuntos realmente importantes para o país..

 

- outro, porque tirando da equação a adopção, acalmam-se algumas vozes mais "conservadoras". No entanto isto é feito de uma maneira programática, visto que, naturalmente, voltamos a uma lei descriminadora e por isso inconstitucional, excluindo os casais gays em relação aos homosexuais e até às uniões de facto gays da adopção, forçando assim o próximo passo que é a inclusão da adopção para todos os "casais". Mas feito desta maneira, os "monstros" premanecem adormecidos.

 

Teoria da conspiração? Talvez...

 

Mas revolta-me que a civilização so reconheça a evolução num sentido. Na tentativa de destruição e no constante ataque a tudo o que é basilar e de mais sagrado na sociedade, como são a vida humana e a família, apenas por puro egoísmo e por um desejo de desresponsabilização dos actos.

Também, porque, a palavra família está associada (mas não pertence) à religião, no nosso caso, católica, e há uns gatos pingados, que não suportando essa ideia, tentam tudo para ferir a Igreja, seja por onde for...

 

Vão ver que, com esta borrada aprovada, não mais de meia-dúzia de casais homosexuais se "casarão". A maior parte deles não quer... É tudo fogo de vista.

 

Concentremo-nos no que realmente define este país como um país de terceiro mundo, e apliquemo-nos nisso.

publicado por Manuel Aranha às 16:33
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A relativização da verdade

[Publicado inicialmente aqui]

 

O título parece assumir um poder, uma força merecedora da maior eloquência filosófica na abordagem à problemática. Aviso que defraudarei expectativas. Limitar-me-ei a constatar essa evidência categoricamente afirmada no título do post.

 

O facto, a evidência que habita, em surdina, o senso comum do mais comum dos cidadãos, é que as palavras “verdade” e “política” são antónimos.

E porquê? Porque razão a política não se parece coadunar com a verdade, no entender dos cidadãos? A resposta é simples. Os políticos, pelas acções, pelos discursos, têm defraudado constantemente as expectativas da população. A “verdade” política serve uma agenda, é normalmente um engodo, um sofisma. Escondem-se os factos que rebatem determinada “verdade”, os partidos isolam-se em si próprios ao invés de dialogarem, honestamente, um projecto para o país, e cai-se nesse ciclo que é o “jogo” da política.

 

A gravidade da situação, por se tornar senso comum que “eles não fazem nada” e que “são todos iguais”, é que esta  ameaça caminhar numa direcção explosiva – uma total descrença no sistema democrático (já bem patente nos níveis de abstenção).

 

Cabe à sociedade civil consciente e informada, mobilizar-se e pressionar por mudança. Está visto que os movimentos de cidadãos não resultaram. A mudança passará, portanto, pelos partidos políticos. Enquanto a sociedade civil capaz e dinamizadora, ainda a maioria silenciosa, não se aperceber que a solução está em aproximar-se dos partidos para os mudar e não em afastar-se e deixá-los decair nos seus vícios, esta situação de divórcio entre cidadãos e política dificilmente será invertida.

 

Nunca haverão demasiados pessoas de Bem na política. A virtude está com o cidadão altruísta que faz da política, efectivamente, uma práctica para o bem comum.

publicado por Luís Pedro Mateus às 00:24
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Terça-feira, 19 de Janeiro de 2010

Bloga

Anúncia-se o nascimento da República do Caústico. O João Maria Condeixa, amigo cá da casa, volta ao activo na blogosfera. Já fazia falta.

publicado por Tiago Loureiro às 17:14
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O Fim do Salário Mínimo

Tiago Moreira Ramalho, no Aparelho de Estado:

 

«Em todo o mundo há cerca de trinta países sem Salário Mínimo estabelecido por lei. Parece pouco, quando vemos o número. Mas o interessante aqui não é o número de países sem Salário Mínimo. O interessante aqui é saber que países são esses. Entre os países sem Salário Mínimo encontramos a Áustria, a Dinamarca, a Finlândia, a Islândia, a Itália, a Noruega e a Suíça. Estes países, excelso leitor, para além de estarem entre os mais desenvolvidos do mundo, estão também entre os países com menos desigualdades sociais. É verdade. Nós, em Portugal, temos níveis de taxação semelhantes aos nórdicos (já, leitor, já) e, apesar (ou por causa?) do Salário Mínimo Nacional, continuamos a ter níveis de pobreza confrangedores para qualquer país que se auto-proclame "desenvolvido".»

 

(continuar a ler)

publicado por Tiago Loureiro às 02:07
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Sábado, 16 de Janeiro de 2010

Com ferros matas...

Após a escolha de Mário Soares como candidato do PS nas últimas presidenciais, uma facção socialista, que pretendia ver Manuel Alegre como candidato presidencial, emancipou-se ao ponto de criar uma cisão com o partido, promovendo uma candidatura própria.

 

Também por isso, Alegre foi ganhando anticorpos em muitos sectores do seu partido. A candidatura presidencial à revelia do PS somada à constante postura de desalinhado no grupo parlamentar e na opinião pública, levaram o poeta a merecer o olhar desconfiado de alguns dos seus camaradas.

 

Por isso é legítimo aplicar a mesma lógica de 2006 de forma inversa. E se agora, que Manuel Alegre é um sapo que Sócrates provavelmente vai engolir, o PS se dividir à custa de uma facção contra Alegre?

publicado por Tiago Loureiro às 02:05
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