Este post deve ser encarado como a verdadeira realidade de um tema que por si só é confuso para muitos. Debate não há, é certo. Nunca houve, é uma certeza. Os tempos de debate neste país são amorfos e normalmente perdidos no tempo/oportunidade. Memórias daquele triste referendo de 1998 fazem levantar várias questões: quantas regiões? objectivos estratégicos relevantes? grau de autonomia?...
Obviamente, percebe-se que este é mais um daqueles temas habilmente utilizados pelo PS para promover o seu Avançar Portugal, mas a forma leviana com que se puxa deste não-debate, como se fosse a simples distribuição, e sem mais perguntas, pelos herdeiros da quota que lhes corresponde, assusta-me. O debate urge, saibamos promover.
Sou pró-regionalização desde que me conheço a conhecer este país. A criação de sete regiões (Trás-os-Montes e Alto Douro, Entre-Douro e Minho, Beira Interior, Beira Litoral, Estremadura e Ribatejo, Alentejo e Algarve) parece-me uma solução óbvia aos demais evidentes traços económicos, sociais e culturais únicos a cada um dos cantos. Porque sei, sinto e percebe-se a vontade de liberdade a esta asfixia de um poder de decisão centralizado dos serviços, das instituições, das empresas e até das mais elementares oportunidades. Chamem-lhe bairrismo. Eu prefiro chamar-lhe desenvolvimento estratégico claro, com base num poder de decisão próximo da realidade, consciente das oportunidades e limitações do melhor que cada região tem para dar ao todo, Portugal.
[off topic: só agora, depois de um período que sempre achamos desgastante - férias! - tenho oportunidade de participar neste Golpe de Estado que me parece condenado ao sucesso. A todos, bons posts e boas leituras]
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